O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do desenvolvimento caracterizado pela dificuldade na organização de pensamentos, sentimentos e emoções. Isso afeta a comunicação, a interação social e o convívio no ambiente de trabalho. Estima-se que no Brasil existam cerca de 2 milhões de pessoas com TEA, sendo que 80% delas estão fora do mercado de trabalho. No entanto, com o acompanhamento de profissionais de saúde como: psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, é possível que pessoas com TEA desenvolvam seu potencial no mercado de trabalho.
Mais inclusão e oportunidades
Felizmente, as empresas têm se mostrado mais preocupadas em criar ambientes de inclusão e diversidade. Por isso, hoje existem mais oportunidades de emprego para pessoas autistas com programas de treinamento especializado, de mentoria, incentivos fiscais para PCDs e programas de apoio.
Habilidades no ambiente de trabalho
Nenhuma pessoa com TEA é igual a outra porque existem muitas variações dentro do espectro. Mas é comum que autistas tenham habilidades em lidar com lógica e matemática, inclinações para serviços visuais, disposição para atividades repetitivas, metódicas e rotineiras, habilidades em trabalhos que envolvam regras, padrões e conceitos bem definidos, além de lembrar fatos a longo prazo. Autistas também têm a capacidade de pensar “fora da caixa” em diversas situações, já que não seguem padrões comportamentais convencionais.
Eles e elas já são sucesso no mercado
Empresas como Google, Hewlett-Packard, Microsoft, Oliver Wyman, SAP, Ultra Testing e TowersWatson têm aberto suas portas para profissionais autistas. O programa Autism at Work, da SAP, é bom exemplo que já conta com mais de 100 pessoas trabalhando.
A Ultra Testing, empresa dedicada a avaliar softwares, considera as habilidades de memorização, matemática e de concentração tornam os autistas especialmente aptos para detectar erros de software com uma capacidade entre 20 e 56% acima da média. Por isso, 80% de seus empregados se enquadram em algum grau dentro do espectro autista.
Como criar oportunidades na sua empresa?
Autistas podem apresentar padrões repetitivos de comportamento e interesses, inflexibilidade e apego a rotinas. Para minimizar essas questões, é necessário fazer adaptações no espaço e no modo de trabalho para que a pessoa fique confortável. É importante preparar a equipe para receber o profissional e buscar atribuir a ele tarefas que demandem alta concentração, baseadas em suas melhores habilidades e principais interesses.
Pessoas autistas têm muitas habilidades a oferecer às empresas e à sociedade, mas, para isso, precisam de mais empatia e, é claro, ainda mais oportunidades.
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