Dia Nacional da Música Clássica: Conheça mais sobre musicoterapia

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fundo preto, com texto: dia nacional da música clássica, em cima e violoncelo à direita

No dia 5 de março é comemorado o Dia Nacional da Música Clássica. A data foi escolhida em homenagem ao nascimento de Heitor Villa-Lobos, um dos grandes maestros e compositores brasileiros. Para comemorar essa data, conheça mais sobre musicoterapia.

Além de ser um deleite para quem escuta, você sabia que a música clássica está associada à sensação de bem-estar e ainda pode ser utilizada como auxilio em tratamentos de saúde? Neste artigo nós vamos entender um pouco mais sobre o poder que a música clássica tem.

A música clássica é para todos

A música clássica nasceu por volta de 1500 nas Europa e servia como entretenimento para reis, rainhas e sua corte, por isso durante muito tempo foi considerada uma expressão artística voltada apenas para as elites. Porém, por volta do ano 1700, as orquestras foram surgindo para atender um público cada vez maior fora dos castelos.

Com o tempo e o surgimento de diversas orquestras mundo afora, a música clássica começou a se popularizar. Muitas orquestras fazem apresentações ao ar livre, misturando composições clássicas com música contemporânea, assim o público se familiariza com as peças, mostrando sua versatilidade.

A música clássica pode fazer bem para a saúde

A música, sendo ela clássica ou não, atinge diversas partes do cérebro relacionadas à percepção e emoção. No entanto, a música clássica especificamente é capaz até de ativar genes associados ao bom funcionamento do cérebro, é o que diz um estudo divulgado em 2015 pela Universidade de Helsinque, na Finlândia.

Nesse mesmo estudo, os pesquisadores chegaram à conclusão que a música clássica consegue aumentar a secreção de dopamina, um neurotransmissor que atua no sistema nervoso central e que está associado às sensações de bem-estar.

Você já ouviu falar em musicoterapia?

O bem-estar associado à música é uma das premissas da musicoterapia. De acordo com a União Brasileira das Associações de Musicoterapia – UBAM, a musicoterapia surgiu no período entre as duas grandes guerras, quando profissionais da saúde dos Estados Unidos notaram uma melhora no quadro clínico de veteranos através da música que era tocada nos hospitais. No Brasil, a musicoterapia deu seus primeiros passos a partir dos anos 1970, com o curso de especialização em Musicoterapia na extinta Faculdade de Educação Musical do Paraná (FEMP).

Essa técnica terapêutica tem caráter interdisciplinar e multidisciplinar e pode ser descrita como a utilização da música e seus elementos, entre eles o ritmo e a melodia, como um instrumento facilitados para a comunicação, organização e até relaxamento. Ela pode ser adaptada para pacientes individuais ou em grupo, visando a melhor forma de atingir uma interação seja entre ou com os outros para a melhora da qualidade de vida.

De acordo com o primeiro Censo Nacional de Estudantes e Profissionais de Musicoterapia, promovido pela UBAM, em 2018, 658 profissionais se identificaram como Musicoterapeutas e 328 como estudantes de Musicoterapia. Para ser um musicoterapeuta é preciso passar por uma graduação em nível superior ou especialização, ambas reconhecidas pelo Ministério da Educação.

Música clássica e musicoterapia andando juntas

Dentre as diversas pesquisas em musicoterapia, cientistas têm se utilizado bastante de composições clássicas de Vivaldi, Mozart, Bach, entre outros, que possuem uma linguagem mais universal e passam mensagens que se prolongam através dos tempos.

Quer uma dica de música para entender um pouco os efeitos da musicoterapia? Escute “Canzonetta Sull’aria,” de Mozart, depois volte aqui e diga o que achou nos comentários. Para finalizar, não custa lembrar que a musicoterapia é uma ciência e deve ser aplicada com o acompanhamento de profissionais.

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