Articulações

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As articulações têm como principal função unir entre si os ossos que compõem o esqueleto. São elas que permitem a mobilidade dos diversos segmentos corporais e a sua estabilidade, possibilitando, por exemplo, a postura ereta, característica dos humanos.
 
Os cinco principais elementos não-ósseos das articulações são a cartilagem articular, os ligamentos, a cápsula articular, a membrana sinovial e os meniscos.
 
Acartilagem articular é um tipo de tecido firme e elástico, que atua como amortecedor diante de pequenos traumatismos.
 
Os ligamentos são estruturas fibrosas inseridas perto das articulações, limitando os movimentos de cada articulação.
 
A cápsula articular é uma membrana fibrosa que tem como principal função a sua estabilização.
 
A membrana sinovial é uma espécie de bolsa que recobre a superfície interna da articulação, ela atua como lubrificante e nutriente para as cartilagens articulares.
 
Os meniscos são duas estruturas fibroelásticas que aumentam a superfície de contato entre os ossos, permitindo uma melhor distribuição das pressões sobre as articulações o que garante maior estabilidade e proteção das superfícies articulares.
 
Doenças das articulações
 
Em razão da complexidade e das funções dessas estruturas, é importante estar muito atento para evitar problemas nas articulações. A artrose, por exemplo, que é um dos mais freqüentes, trata-se de uma doença degenerativa da cartilagem articular que acomete todas as articulações, principalmente joelhos, quadris, mãos e coluna vertebral.
 
Em algumas situações todas as partes podem ser afetadas ao mesmo tempo e com intensidades diferentes. Além de provocar dor, rigidez e edema (inchaço), as doenças articulares podem ocasionar limitações funcionais, como diminuição e/ou perda gradual de movimentos, deformidades articulares progressivas, incapacidade parcial e/ou total do membro, de acordo com a articulação atingida e o grau de comprometimento da superfície articular.
 
Os principais fatores de risco são hereditariedade, obesidade, disfunções hormonais, hipermobilidade (excesso de amplitude dos movimentos), artropatias, traumas de forte intensidade e uso repetitivo das articulações.
 
Cerca de 80% das pessoas acima dos 75 anos de idade acabam sofrendo dessa enfermidade. Entretanto, muitos especialistas alertam que a doença está sendo diagnosticada em pessoas cada vez mais jovens. O sedentarismo, a obesidade, fatores laborais e maus hábitos de vida e de postura são as causas dessa elevação.
 
Por isso, é importante corrigir os fatores que possam desencadear ou intensificar a artrose, modificando hábitos de vida. Eliminar o álcool e o tabagismo, corrigir defeitos posturais, adotar uma dieta de baixas calorias e praticar atividade física regularmente são algumas das recomendações que devem ser seguidas. Porém, o excesso de exercícios físicos sem orientação profissional adequada também aumenta o risco de lesão por sobrecarga e consequente degeneração articular. O surgimento de dificuldade de locomoção e de dor na realização de movimentos simples são sinais de alerta e indicativos da necessidade de orientação médica (ortopedista ou reumatologista).
 
O processo de artrose pode estar associado com osteoporose em muitos casos (enfraquecimento dos ossos provocado pela diminuição de cálcio que também aumenta o risco de fraturas), sendo recomendada uma dieta rica em cálcio e vitamina D, exposição solar, reposição hormonal e exercícios em mulheres após a menopausa, para reduzir a perda de cálcio pelos ossos e melhorar o tônus muscular.
 
Dr. Pablo Luiz Baptistão é ortopedista e traumatologista especialista em quadril e joelho e médico do Sport Check-up e do Pronto-socorro do HCor – Hospital do Coração