Câncer de mama: ultrassonografia X mamografia

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A mamografia é o principal exame preventivo para câncer de mama. Outros exames utilizados neste cenário são a ultrassonografia mamária (USM) e a ressonância magnética das mamas (RMM). Vale ressaltar que tanto da USM quanto da RMM são utilizadas para casos bem específicos conforme indicação médica.

A mamografia é o principal exame preventivo para câncer de mama. Outros exames utilizados neste cenário são a ultrassonografia mamária (USM) e a ressonância magnética das mamas (RMM). Vale ressaltar que tanto da USM quanto da RMM são utilizadas para casos bem específicos conforme indicação médica.

  • Prevenção primária: consiste em várias medidas para evitar o desenvolvimento de uma doença, ou seja, se relaciona às estratégias para evitar que o câncer de mama apareça (manter o peso adequado, praticar atividade física, evitar reposição hormonal (RH) durante a fase de menopausa e, se for necessário, fazer a reposição hormonal por no máximo cinco anos com supervisão médica)

  • Prevenção secundária: consiste na realização de exames que possam detectar uma doença em sua fase inicial. Neste quesito é que a mamografia se enquadra. Ou seja, fazer mamografia anualmente não previne o aparecimento de câncer de mama, mas permite que ele seja detectado precocemente, aumentando em muito as chances de cura da paciente.

Mamografia x Ultrassonografia

Muitas mulheres, por medo da possibilidade de dor durante a realização da mamografia, optam por fazer apenas ultrassonografia, mas essa é uma opção individual e sem respaldo médico. Isso porque a ultrassonografia de forma isolada é inferior à mamografia para o diagnóstico precoce do câncer de mama, podendo ser realizada juntamente com a mamografia conforme recomendação médica, mas nunca de forma isolada no cenário de rastreamento de câncer de mama.

A principal limitação da USM é a incapacidade de detectar microcalcificações, bem como apesentar um alto número de resultados falsos positivos (lesões suspeitas na ultrassonografia levando a necessidade da biópsia de várias lesões que na realidade são benignas). As vantagens da USM se encontram na capacidade de diferenciar lesões sólidas (nódulos) de lesões císticas (cistos mamários), complementar os casos que geram dúvidas na mamografia e permitir melhor avaliação dos gânglios axilares. Idealmente, o laudo da ultrassonografia mamária deve seguir as normatizações e classificação BI-RADS® conforme comentamos acima.

Adolescentes e mulheres jovens são exceção

Como o câncer de mama é raríssimo em adolescentes e em mulheres com menos de 30 anos, as sociedades médicas não recomendam a realização de mamografia de rotina nesta faixa etária – mas, se o médico achar pertinente por alguma suspeita clínica, a mamografia poderia ser realizada em casos muito selecionados. A grande limitação da mamografia nesta faixa etária é que, em geral, as mamas das pacientes são extremamente densas, não permitindo a identificação de lesões ainda que elas estejam presentes, gerando o que chamamos de resultado falso negativo (ou seja, a paciente tem uma lesão na mama, mas a mamografia está normal). Na faixa etária dos 30 aos 40 anos a ocorrência de câncer de mama também é pouco usual, não fazendo parte das recomendações gerais de rastreamento de câncer de mama por parte das sociedades médicas. Vale lembrar que o que comentamos acima se aplica a população de risco habitual, o que corresponde a maioria da população.

Para mulheres nas faixas etárias mais baixas, no caso de queixa ou presença de nodulações mamárias, é recomendado procurar um médico, que irá proceder com uma avaliação clínica minuciosa e na sequencia poderá solicitar exames como a ultrassonografia mamária, principalmente para a avaliação de nodulações de baixa suspeição de câncer de mama – permitindo diferenciar precisamente nódulos (conteúdo sólido) de cistos mamários (conteúdo líquido), e em alguns casos muito particulares até mesmo uma mamografia.

Fonte: Site Minha Vida

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