A difteria é uma doença contagiosa causada por uma toxina produzida pela bactéria Corynebacterium diphteriae. Essa enfermidade causa lesões branco-acizentadas, atacando geralmente as amídalas, a laringe e o nariz.
Os principais sintomas são:
A infecção pode acontecer também por meio de transfusão de sangue contaminado e durante a gravidez, passando de mãe para o filho.
- Placas acinzentadas nas amídalas
- Mal-estar
- Dor de garganta
- Febre
- Cansaço
- Palidez
Em alguns casos podem surgir manchas avermelhadas na pele e, nos mais graves, há edema no pescoço, aumento de gânglios linfáticos na região e até asfixia mecânica.
Segundo Jorge Figueiredo Senise, infectologista da Associação Brasileira de Infectologia, a transmissão da doença é feita por contágio direto ou indireto.
O contágio direto acontece por meio das secreções nasais dos portadores da difteria. Esses portadores podem ou não apresentar sintomas. O contágio indireto, por sua vez, é aquele em que a pessoa contrai a doença após contato com objetos contaminados pelas secreções do portador da difteria ou que tenha lesões em outras localizações.
A transmissão geralmente ocorre no inverno e principalmente em ambientes fechados, por causa da aglomeração de pessoas.
Crianças estão mais suscetíveis à doença, mas ela pode atingir qualquer cidadão. A melhor forma de prevenção à difteria é a vacinação, independente da idade.
De acordo com o infectologista Senise, a difteria deve ser tratada com cuidado e atenção. Por isso é importante a vacinação, pois logo nos primeiros dias, com a formação e o aumento das placas na garganta, amídalas, palato, faringe e laringe, pode gerar sufocamento. Além disso, com a liberação de toxinas da bactéria, surgem outros problemas como alterações no ritmo e funcionamento do coração e nos sistemas renal e neurológico.
O tratamento para a difteria é a hospitalização imediata e em isolamento, repouso e utilização de máscara, pois a doença é contagiosa. Os medicamentos adequados, como o uso de antibióticos, são indicados por um médico especialista.
Referências
Centro de Vacinação de Adultos da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Dados do especialista:
Jorge Figueiredo Senise (CRM: 36862) é infectologista da Associação Brasileira de Infectologia, doutor em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e atua há mais de 30 anos nesse ramo.