O glaucoma é uma doença hereditária, que raramente apresenta sintomas e pode levar a cegueira. As estatísticas apontam que de 1% a 2% da população acima de 40 anos apresentam a doença.
Sendo assim, com o objetivo de informar e alertar sobre o glaucoma, que gradativamente compromete a visão, o Dr. Rodrigo Brant, especialista do Grupo Cerpo Oftalmologia, preparou um informativo com os principais dados sobre a doença.
O conhecimento e o tratamento precoce são as melhores armas contra o glaucoma.
O que é o glaucoma?
Doença ocular caracterizada, na maioria dos casos, pelo aumento da pressão intra-ocular, o que provoca danos estruturais e funcionais no nervo óptico.
Fatores de risco
1- Histórico familiar de glaucoma (doença de caráter hereditário);
2- Idade acima de 40 anos (incidência aumenta com a idade);
3- Negros (4x mais do que os caucasianos);
4- Presença de miopia em alto grau;
5- Diabéticos.
Diagnóstico
Exame oftalmológico completo, medida da pressão intra-ocular (PIO), gonioscopia, exame minucioso do nervo óptico, por meio do mapeamento de retina e avaliação do campo visual.
Tipos
1- Glaucoma crônico de ângulo aberto (mais comum, ocorre em 80% dos casos): é assintomático nos casos iniciais, tem como consequência a perda lenta e gradual da visão periférica;
2- Glaucoma de ângulo fechado ou agudo: neste caso, o paciente procura serviço de emergência clínica com fortes dores de cabeça, visão embaçada, dor ocular, vermelhidão ocular e até crises de vômito (sintomas causados pelo aumento abrupto da pressão intra-ocular). O paciente pode ficar cego se não for tratado imediatamente;
3- Glaucoma de pressão normal: neste tipo, o dano do nervo óptico ocorre em pessoas com pressão intra-ocular normal e assintomática. A progressão da doença é lenta, com a perda gradual da visão periférica, semelhante aos casos de glaucoma crônico de ângulo aberto;
4- Glaucoma secundário: é decorrente de outra doença ocular (Catarata, Uveítes, tumores oculares, doenças retinianas), de cirurgias oculares ou do uso de medicamentos (corticóide);
5- Glaucoma congênito: em geral, as alterações decorrentes do aumento da pressão intra-ocular ocorrem já na gestação (intra-uterina). A criança pode apresentar olhos embaçados, sensibilidade à luz (fotofobia intensa) e lacrimejamento excessivo, globo ocular aumentado, córnea grande e opacificada.
Tratamento
O tratamento clínico é feito por meio do uso de colírios que diminuem a pressão intra-ocular. Em alguns casos, o tratamento do glaucoma pode, também, ser por medicação via oral. É importante ressaltar que o uso correto dos colírios é fundamental para o sucesso do tratamento.
O tratamento com laser é utilizado nos pacientes que não obtiveram efeito adequado com uso dos colírios, ainda assim, após a utilização desse meio, o paciente ainda terá de fazer o uso do colírio.
A cirurgia para o glaucoma é a opção de tratamento reservada para os casos mais graves e de difícil controle, mesmo com uso das demais opções de tratamento. A cirurgia é feita para criar um novo sistema de drenagem para o olho. É válido ressaltar que mais de 75% dos pacientes têm a pressão devidamente controlada.
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Grupo CERPO Oftalmologia