Segundo as recomendações da cartilha Dez passos para a alimentação saudável – guia alimentar para crianças menores de dois anos do Ministério da Saúde, crianças desta faixa etária não devem consumir açúcar refinado e alimentos preparados com o mesmo. É neste período que os hábitos alimentares estão sendo formados e, na maioria dos casos, acompanharão seu filho para o resto da vida.
A Organização Mundial de Saúde lançará em breve uma recomendação de ingestão de açúcares para crianças a fim de evitar o ganho de gordura corporal e as cáries dentárias. Tudo indica que a recomendação será de não ultrapassar 10% da energia total de açúcar. Isso significa que uma criança de 2 anos de idade com 13 kg deve consumir 1300 calorias por dia sendo 16g de açúcares. Caso ela ingira 200ml de achocolatado, que contem 29g de açúcares, irá ultrapassar a recomendação!
Dentro deste valor encontram-se não apenas a sacarose, mas também açúcares naturalmente presentes em frutas, mel e sucos, como a frutose e a glicose. Também inclui aqueles açúcares adicionados aos produtos industrializados e preparações caseiras. Você acha que seu filho costuma ultrapassar as recomendações?
O açúcar naturalmente presente nos alimentos, como frutas, raízes, cereais e verduras faz parte de uma alimentação saudável. Pois, fornecem energia e ao mesmo tempo nutrem a criança com proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas, minerais e compostos bioativos. Para as atividades do dia a dia, correr, jogar bola e estudar, as crianças necessitam de muita energia!
A atenção dos pais devem estar nos produtos industrializados, pois a maior parte do açúcar consumido hoje está “escondido” nos alimentos processados. Por exemplo: 1 copo de 200ml de suco de laranja de caixinha contém 9 gramas de açúcares, 1 lata de 350ml de refrigerante tipo cola contém 37 gramas e 200ml de achocolatado tem 29g de açúcares.
A indústria utiliza diversos tipos de açúcar, especialmente sacarose, xarope de glicose e xarope de milho, que são desnecessários para a saúde e prejudicam o metabolismo dos carboidratos e também das gorduras, elevando rapidamente a glicose no sangue e favorecendo o acúmulo de gordura corporal e sanguínea.
Como fazer para encontrar o equilíbrio no dia a dia? A seguir, algumas dicas para reduzir o consumo de açúcar da alimentação de seu filho:
1- Nos primeiros meses de introdução dos alimentos (6 aos 12 meses de vida) não dê alimentos açucarados (banana amassada com açúcar ou mel ou geleia, por exemplo) ao bebê. Nesse período a criança está descobrindo os sabores e os alimentos devem ser ofertados com seu sabor original, sem acréscimo de açúcar ou sal.
2- Não dê refrigerantes ao seu filho. São ricos em açúcar, sal, aditivos químicos e cafeína (com exceção de alguns) contribuindo para o aparecimento de dislipidemias, hipertensão e diabetes. Se seu filho adora refrigerante, limite o consumo para eventos como festas de aniversário dos amiguinhos e nos demais dias ofereça suco natural caseiro.
3- A ingestão habitual de balas, doces, biscoitos açucarados, geleias, sucos industrializados, refrigerantes e achocolatados, mantém moléculas de açúcares na boca que favorecem a proliferação de bactérias, a formação de cáries e a inflamação das gengivas. Caso seu filho coma doce, escove imediatamente os dentes para evitar a formação de cáries dentárias.
4- Evite sucos de frutas industrializados, são concentrados em açúcar mesmo quando não foram adoçados. Prepare sucos e refrescos em casa com fruta in natura e água filtrada.
5- Ofereça água como principal fonte de hidratação, para que seu filho crie o hábito de consumir líquidos sem sabor e reduza o consumo de sucos e refrigerantes.
6- Ofereça frutas frescas como sobremesa e evite doces que contenham chocolate e cremes. Caso ele não aceite bem a fruta in natura, tente aquecê-la para torná-la ainda mais doce e palatável.
7- Lembre-se de que o mel é um açúcar semelhante à sacarose e deve ser usado com moderação.
Fonte: site Minha Vida.