De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, a depressão é a doença psiquiátrica mais comum que existe. Atualmente ela afeta mais de 121 milhões de pessoas.
A depressão é caracterizada por um forte sentimento de tristeza e existem os fatores internos e os ambientais que influenciam no seu desenvolvimento. Os fatores internos são causados por alterações de neurotransmissores no organismo. Já os ambientais, por sua vez, podem provocar a depressão por algum motivo específico grave, como por exemplo, morte na família, grande perda financeira, fim de um relacionamento, entre outras situações de difícil superação.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020 a 2030, a depressão será a doença mais comum do mundo.
Sintomas da depressão:
- Tristeza.
- Falta de vontade de fazer as atividades que antes davam prazer, como por exemplo, sair com os amigos, passear, viajar, etc.
- Falta ou excesso de apetite.
- Alterações do desejo sexual.
- Pessimismo, sentimentos de culpa, baixa autoestima, falta de sentido na vida.
- Manifestações de sintomas físicos, como tontura, enjoo, dor muscular, dor abdominal.
- Ansiedade.
- Taquicardia.
- Insônia.
De acordo com o secretário do Departamento Científico de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina (APM), Francisco Baptista Assumpção Júnior, a tristeza e o desânimo são os principais sintomas que a depressão apresenta nos adultos. É uma doença que geralmente afeta às mulheres adultas, e quando ocorre nas crianças, acomete os meninos. Segundo o especialista, o índice de depressão nas crianças é de aproximadamente 1% e, nos adolescentes, cerca de 4%.
No público adulto, geralmente a depressão atinge o adulto jovem ou os idosos, manifestando-se em grupos específicos como mulheres na menopausa e os homossexuais. Segundo uma pesquisa apresentada no Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, cerca de 30% dos gays têm depressão, enquanto nas lésbicas esse número chega a 24%, enquanto 13,5% são heterossexuais.
Se não tratada, a depressão pode levar a um quadro sério de medidas compensatórias, ou seja, há pessoas que, para lidar com a depressão, acabam recorrendo ao álcool, às compras, jogos ou alimentação em excesso. Nos casos mais graves, a depressão causa extrema perda ou ganho de peso e pode até levar ao suicídio.
De acordo com psiquiatra, o tratamento medicamentoso e a psicoterapia são as melhores formas de tratar a depressão. Os remédios antidepressivos são indicados por um especialista, que devem ser tomados no mínimo de seis meses a um ano. O remédio deve ser tomado de forma correta, pois senão não vai surtir efeito. A psicoterapia com um psicólogo também é fundamental para tratar a doença.
Para saber mais sobre assuntos relacionados à depressão, dependência química e políticas públicas, sites e telefones importantes de instituições, acesse a Cartilha de Orientação em Saúde Mental:
http://www.portaldaenfermagem.com.br/downloads/cartilha-orientacao-saude-mental-secrt-saude-df.pdf
Dados do especialista
Francisco Baptista Assumpção Júnior (CRM: 24332/SP) é mestre e doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) e livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP). É professor Associado do Instituto de Psicologia da USP e secretário do Departamento Científico de Psiquiatria da Associação Paulista de Medicina (APM).
Referências:
National Institute of Mental Health
Associação Brasileira de Psiquiatria
Biblioteca Virtual em Saúde
Portal da Saúde – Ministério da Saúde de Portugal