Doar sangue pode ajudar a salvar até quatro vidas

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No Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, celebrado em 25 de novembro, é preciso lembrar a importância desse ato de amor

Doar sangue voluntariamente é definitivamente um ato de amor. É uma atitude simples que, a cada doador, pode-se beneficiar até quatro vidas. A hematologista Roberta Fachini, vice-presidente do Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês explica que é possível dividir o sangue doado em quatro componentes que ajudam pessoas com anemia, com problemas de coagulação, com baixo nível de plaquetas e até com sepse, uma infecção generalizada que é considerada uma emergência médica.

No Brasil, porém, menos de 3% das pessoas doam sangue. “Esse baixo número pode ser atribuído a medos e mitos que não procedem”, explica Roberta.

O medo da agulha é um dos principais. A hematologista explica que esse temor, porém, é infundado. “A agulha tem toda uma tecnologia que faz com que a punção não seja tão dolorosa. A dor pode, inclusive, ser menor do que aquela que acontece na hora de coletar exames de sangue em um laboratório”, tranquiliza a médica.

Para quem tem medo da quantidade de sangue a ser doada, é preciso saber que a porção retirada representa pouco em relação ao que a pessoa tem na corrente sanguínea. “Uma pessoa de 50 quilos, por exemplo, tem em torno de 3,5 litros de sangue. Ela doará, então, menos de 8ml por quilo, no caso das mulheres, e menos de 9ml por quilo, no caso de homens”.

Cerca de 4% dos doadores, porém, podem ter uma leve queda de pressão durante a doação. “Isso é facilmente resolvido apenas pela elevação das pernas. Se for o caso, podemos também administrar um soro fisiológico para normalizar”, explica a médica, ressaltando que isso só acontece em uma frequência baixa de casos.

Além disso, se a pessoa ainda tiver medo de desmaiar, Roberta explica que a doação de sangue sempre acontece em ambientes com médicos e enfermeiros preparados para um pronto atendimento ao doador que, em casos raros, apresenta alguma reação como essa.

Pode doar quem…
… está em boas condições de saúde;
… tem de 16 a 69 anos (menores de idade precisam da autorização dos responsáveis legais);
… pesa no mínimo 50kg;
… tenha dormido ao menos 6 horas nas últimas 24 horas

Não pode doar quem…
… teve hepatite após os 11 anos de idade;
… teve malária;
… tem hepatite B ou C, HIV;
… usa drogas ilícitas injetáveis

Revisão técnica

  • Prof. Dr. Max Grinberg
  • Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
  • Autor do blog Bioamigo

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