Muitas vezes certas crianças apresentam grandes dificuldades de aprendizado e desempenho abaixo da média. Os familiares devem prestar atenção, pois talvez a má performance escolar esteja relacionada a algum problema de saúde, físico ou psicológico.
Uma disfunção que pode atrapalhar muito uma criança na hora de aprender é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Crianças e adolescentes que sofrem de déficit de atenção são sempre muito dispersas, com grandes dificuldades de concentração. Às vezes podem apresentar hiperatividade e impulsividade, com dificuldades de lidar com regras e limites, especialmente entre os meninos. Embora se manifeste e seja quase sempre associado à infância, o TDAH pode acompanhar o indivíduo até a fase adulta. Por isso o diagnóstico correto, feito por um especialista, é importante para que seja iniciado o tratamento adequado.
A visão é outra questão que pode influenciar no desempenho escolar de uma criança. Muitas vezes elas têm dificuldades de aprender porque não enxergam direito. Nesse caso é importante prestar atenção no comportamento delas em sala de aula. Visão desfocada, dificuldades de enxergar de longe, dores de cabeça e piscar excessivamente os olhos são sintomas comuns entre aqueles que têm algum problema de visão. Outras atitudes, como cair com frequência, espremer os olhos ou aproximar demais o rosto para ler também são motivos para levarmos a criança a um oftalmologista. As disfunções mais comuns são a miopia (dificuldade de enxergar de longe), hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto) e astigmatismo (distorção da visão), e geralmente podem ser corrigidos com o uso de óculos adequados.
Um terceiro fator que pode dificultar o aprendizado de uma criança são os problemas de audição. Esses merecem bastante atenção por serem de reconhecimento mais difícil, sobretudo quando brandos e nos primeiros anos de vida. Aos bebês, a lei obriga a realização do Teste da Orelhinha, que pode identificar perdas de audição. Porém, a criança pode nascer com capacidade auditiva normal e sofrer perdas posteriores, acarretadas por infecções como a otite média, por exemplo. Dessa forma é muito importante que sejam feitos exames de audição recorrentes, de preferência anualmente. Ficar atento aos sintomas e ao comportamento da criança também é válido. Se a criança não acorda, se assusta ou esboça reações diante de grandes ruídos; ouve música e assiste televisão em volumes muito elevados ou então fala muito alto, talvez seja hora de procurar um otorrinolaringologista, que é o médico que se dedica ao diagnóstico e tratamento dos problemas de ouvido.
Para que os pais possam identificar tais problemas, a melhor atitude é prestar muita atenção no comportamento das crianças, no desempenho escolar e, acima de tudo, ouvir o que elas têm a dizer. Deve-se também entender que os professores são peça fundamental durante a infância, por isso é muito necessário frequentar as reuniões, para que se tenha a noção de como as crianças estão lidando com o ambiente escolar.
Fonte: Conteúdo Qualicorp