As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são consideradas como um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo, sendo que as mais conhecidas são gonorreia e sífilis. Em ambos os sexos, tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças, inclusive à aids, além de terem relação com a mortalidade materna e infantil.
Elas são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada. Outra forma de infecção pode ocorrer pela transfusão de sangue contaminado ou pelo compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis.
A aids e a sífilis também podem ser transmitidas da mãe infectada sem tratamento para o bebê durante a gravidez e o parto. E, no caso da aids, também na amamentação.
Algumas DSTs podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. Por isso, ao fazer sexo sem preservativo, é preciso se consultar com um profissional de saúde periodicamente. Quando essas doenças não são diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como: infertilidades, câncer e causar até a morte.
Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral, anal e vaginal) é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DSTs, em especial do vírus da aids, o HIV.
Segundo a pesquisa “Juventude, Comportamento e DST/AIDS”, publicada em 2012, quatro em cada dez jovens brasileiros acham que não precisam usar camisinha em um relacionamento estável.
O coordenador da pesquisa, Miguel Fontes, destaca que os jovens menos vulneráveis à infecção por doenças sexualmente transmissíveis são aqueles que conversam com os pais sobre sexualidade e que têm maior escolaridade.
Mas pouquíssimos conversam com os pais sobre isso e a maioria não está estudando, repetiu alguns anos na escola. De acordo com o pesquisador, embora eles não percebam, essa vulnerabilidade em relação à Aids existe e é latente.
Algumas doenças sexualmente transmissíveis
Sífilis – doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.
Clamídia e Gonorreia – Clamídia e gonorreia são infecções causadas por bactérias que podem atingir os órgãos genitais masculinos e femininos. A clamídia é muito comum entre os adolescentes e adultos jovens, podendo causar graves problemas à saúde.
A gonorreia pode infectar o pênis, o colo do útero, o reto, a garganta e os olhos. Quando não tratadas, essas doenças podem causar infertilidade, dor durante as relações sexuais, gravidez nas trompas, entre outros danos para a saúde.
Herpes – doença causada por um vírus que, apesar de não ter cura, tem tratamento. Seus sintomas são geralmente pequenas bolhas agrupadas na região genital que se rompem e se transformam em feridas. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar.
O herpes genital é transmitido por meio de relação sexual (oral, anal ou vaginal) sem camisinha com uma pessoa infectada. Em mulheres, durante o parto, o vírus pode ser transmitido para o bebê se a gestante apresentar lesões por herpes.
Aids – a Síndrome da Imunodeficiência Adqirida é causada pelo vírus HIV, que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças, o que leva ao surgimento de várias doenças oportunistas, podendo causar a morte.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.
Referência:
http://www.aids.gov.br/pagina/o-que-sao-dst