A participação de um dos maiores craques do Brasil no maior evento de futebol do mundo ficou ameaçada quando faltava pouco menos de quatro meses para o torneio. A lesão do quinto metatarso, osso do pé que é ligado ao dedo mínimo, ocorreu durante o jogo entre Paris Saint-Germain e Olympique de Marselha, no fim de fevereiro. Por causa disso, Neymar ficou fora dos campos por cerca de três meses, mas conseguiu se recuperar a tempo para o evento. Leia mais para entender como a lesão, de fato, ocorreu e conheça as formas de tratamento, inclusive a usada no atacante.
O que é a lesão do quinto metatarso?
O metatarso é o osso mais comprido na região do dorso do pé. São cinco ossos nesta área, mas como o quinto metatarso está ligado ao dedo mindinho, ele fica na lateral externa do pé, o que o deixa mais exposto a traumas. A lesão do quinto metatarso é comum em atletas, principalmente em jogadores de futebol, causando dor na parte lateral do pé e dificuldade para caminhar.
Na forma mais grave, quando a fratura é completa, é comum aparecerem manchas roxas, além do inchaço. Já as fraturas de estresse (que são causadas por esforço repetitivo, força excessiva ou mau jeito) geram dor durante os treinos ou quando há um aumento da carga. Este foi o caso de Neymar, ele pisou de mau jeito e teve a fratura incompleta no quinto metatarso do pé direito. A dor foi tanta que o atacante caiu no gramado aos prantos e precisou ser substituído.
No caso de uma lesão, é preciso testar se você consegue usar o pé. Faça o teste: vire-o para fora e role-o em direção ao lado do dedo mindinho. Se conseguir, não sofreu deslocamento ósseo, o que significa que a fratura pode ser tratada sem cirurgia. O exame físico e o raio-x são capazes de identificar a fratura, porém a ressonância magnética pode confirmar a gravidade.
Tratamentos para lesão do quinto metatarso
No caso do Neymar, para que a lesão do jogador fosse curada sem complicações e retornasse às atividades físicas o mais rápido possível, ele foi submetido a uma cirurgia. Neste tipo de procedimento, parafusos são inseridos na região lesionada para dar mais estabilidade aos movimentos. O tratamento cirúrgico é mais vantajoso, porque age efetivamente na fratura, o que diminui as chances de uma lesão futura, além de ser um procedimento simples e pouco invasivo.
Cerca de uma semana após a cirurgia, uma tala é aplicada para dar apoio e o pé é imobilizado. Você poderá se locomover com a ajuda de muletas, mas lembre-se que não poderá botar peso sobre o pé operado durante seis semanas. A fisioterapia começa, quando o pé não está mais imobilizado, de seis a oito semanas depois. Os exercícios ajudam na restauração do movimento, força e função da parte fraturada. São feitos até que consiga fazer as atividades do dia a dia normalmente.
A outra alternativa à cirurgia é o tratamento conservador que prevê a imobilização do pé, uso de compressa gelada e elevação dos membros inferiores para controlar o inchaço na região lesionada. Porém, neste caso, o tempo de recuperação é mais demorado e há um risco maior de novas fraturas.
Fique sempre protegido contra essa e outra lesões contrate já um plano de saúde.