A pesquisa, liderada pelo psicólogo John Cacioppo, buscou explicar de que maneira o isolamento desencadeia respostas fisiológicas. Para isso, foram analisados os genes relacionados aos leucócitos, células do sangue responsáveis por proteger o corpo de vírus e bactérias.
Os investigadores observaram que pessoas que se declararam socialmente isoladas têm uma diminuição na atividade de genes que ajudam a combater doenças e um aumento na atividade dos que produzem a inflamação no corpo – o que pode ocasionar graves problemas de saúde. Os estudos também descobriram processos semelhantes em macacos Rhesus, espécie altamente sociável, quando esses primatas estão sozinhos.
Curiosamente, essas alterações genéticas e a solidão parecem ter uma relação recíproca, o que sugere que uma pode ajudar a propagar a outra ao longo do tempo. Isso poderia explicar por que as pessoas sós tendem a afundar-se em isolamento por um longo tempo. Os resultados são específicos para a solidão e não podem ser explicados pela depressão ou estresse.
Como sair da solidão
Muitas pessoas solitárias evitam a interação social por medo da rejeição dos amigos e desconhecidos. John Cacioppo, especialista no tema, recomenda alguns passos para quem deseja ter uma postura mais sociável:
1- Seja aberto
Experimente aceitar convites sociais ou fazer trabalho voluntário;
2- Crie um plano de ação
Não aguarde passivamente uma aproximação. Tente pensar em formas de se conectar mais com os outros;
3- Seja seletivo
A solução para a solidão não é a quantidade, mas sim a qualidade dos relacionamentos. Por isso, desfrute da companhia de quem têm interesses em comum com você.
4- Espere o melhor
Ter boa vontade e esperar o melhor de qualquer situação pode ajudar quem quer sair da solidão.
Referências