Estresse
Como se apresenta: É uma palavra que hoje em dia está na boca de todo mundo – até porque, especialmente para quem mora em grandes cidades, ele pode se fazer presente o tempo todo, após situações que tragam emoções muito fortes, frustração ou mesmo fúria. Alguns especialistas acreditam que, em níveis baixos, o estresse pode ser algo bom: reações de “luta”, enfrentando e verbalizando problemas, tendo ações para melhorar o contexto, são positivas – tornam a pessoa ativa perante a vida. A esquiva, a fuga, é o problema.
Sintomas: Alguns dos sintomas habituais são as dores abdominais ou de cabeça, dificuldades para comer ou digerir alimentos, enjoos, respiração agitada, insônia, frequência cardíaca irregular, sudorese excessiva, transtornos do sono, falta de concentração.
O que acarreta: Estresse em excesso nos predispõe a sofrer com diversas doenças, tanto físicas quanto psicológicas. O estresse pode levar a problemas psiquiátricos graves, depressão e ansiedade podem vir na esteira, problemas cardíacos também, e aumenta chance de obesidade e de colocar o organismo em estado inflamatório.
Tratamento: o ideal é procurar ajuda quando verificar que o estado de estresse está causando prejuízo no dia a dia e trazendo problemas físicos. Nem sempre é preciso o uso de remédios, mas sim uma mudança de estilo de vida. Os pacientes podem ser tratados com psicoterapia e incentivados a fazer atividade física e usar técnicas de relaxamento. A medicação entra apenas nos casos mais graves.
Depressão
Como se apresenta: O problema pode ser descrito como o fato de se estar triste, infeliz, melancólico. Mas vai além disso. Às vezes, existem motivos para a depressão; às vezes, não. A maioria das pessoas sente depressão ao menos uma vez na vida, quase sempre em períodos curtos. Já a depressão clínica é um transtorno que se mantém ao longo do tempo e que modifica o estado de ânimo. Esse quadro de emoção anormal se revela quando uma pessoa passa mais de 15 dias de tristeza seguidos e por boa parte do tempo. É classificada em termos de gravidade: leve, moderada ou severa. Um médico psiquiatra pode determinar o nível e recomendar o tratamento correto.
Sintomas: Os mais comuns são bastante antagonistas; podem surgir dificuldades para dormir ou excesso de sono, mudanças no apetite (desde a ansiedade para comer tudo até períodos nos quais não se consegue comer nada) e também falta de energia, sentimentos de inutilidade, culpa, irritabilidade, inquietude, sensação de abandono, desesperança. A baixa autoestima é um dos sintomas mais comuns da depressão. Outro sintoma é a falta de prazer em atividades que costumavam trazer alegria, como passar tempo com a família ou ter relações sexuais.
O que acarreta: Cerca de um terço dos pacientes que buscam ajuda profissional padecem mesmo do transtorno. Mas aparecem muitos casos de falso positivo: hoje, muitas pessoas que parecem ter o transtorno são orientadas a usar imediatamente os antidepressivos, mas nem sempre é o caso – e isso é muito ruim, pois perde-se a dimensão do que é normal quanto aos problemas e usa-se medicamentos com efeitos colaterais. Pode ocorrer também a distimia, um tipo de depressão leve que dura anos (o que vemos como “mal-humorado crônico”, aquela pessoa que sempre vê problema em tudo) e sobre a qual os tratamentos têm pouco resultado. Muitas pessoas passam ainda por “gatilhos” de depressão, como o parto e o ciclo menstrual.
Tratamento: A depressão leve não precisa de medicação e tratamentos farmacológicos podem funcionar. Nas mais graves, principalmente quando há risco de suicídio, é importante o uso de remédios.
Ansiedade
Como se apresenta: A ansiedade pode surgir a partir de pensamentos, sentimentos ou acontecimentos da vida em geral. Mas com um mês de tensão e preocupação, ela costuma aparecer – como uma reação ao estresse mantido por longo tempo. Engloba aspectos corporais e implica mudanças de comportamento. A ansiedade está relacionada com a sobrevivência: pesquisas indicam que, para preservar a integridade física frente a um ataque ou ameaça, as pessoas colocam em funcionamento respostas rápidas, adaptativas e eficazes – mas que, durando muito tempo, podem ter consequências penosas ao corpo.
Sintomas: hiperatividade, taquicardia, sensação de falta de ar, perda do controle e do raciocínio, tremores, transpiração excessiva, náuseas, insônia, debilitação ou rigidez muscular, inquietude motora, pensamentos negativos, obsessão ou problemas em comunicar-se com os demais.
O que acarreta: pode causar arritmia cardíaca ou transformar-se em transtorno de pânico (síndrome do pânico é como se costuma chamar, mas é uma nomenclatura errada): são crises muito evidentes que duram de 10 a 20 minutos, às vezes com um mal-estar súbito. É uma condição recorrente, mas não é o mais comum relacionado ao estresse e à ansiedade. O mais comum é um misto de ansiedade e depressão. Na prática, é disso que sofre a maior parte da população.
Tratamento: também há gradação para a ansiedade, desde um quadro leve até algo mais grave. Cada indivíduo responde melhor a um tratamento; pessoas que não conseguem sair de casa, por exemplo, precisam de meditação, mas outros passam a viver bem com o hábito de meditação, massagens e especialmente acupuntura.
Fonte: parceiro Qualicorp.