O Papiloma Vírus Humano (HPV na sigla inglesa) é um vírus que se instala na pele humana, principalmente nas mucosas, como vagina, colo de útero e pênis. É extremamente contagioso, sendo transmitido principalmente por relações sexuais sem uso de preservativos.
Os sintomas se caracterizam pelo aparecimento de verrugas e feridas, com o aspecto de uma couve flor. Espalham-se rapidamente, podendo se entender, nas mulheres, do clitóris à região anal. Nos homens, as lesões ocorrem principalmente na glande, no prepúcio e no escroto. Além dos órgãos genitais, os sintomas podem se manifestar na boca e na garganta de ambos os sexos. Muitas pessoas não desenvolvem a forma sintomática, porém, mesmo assim elas podem contaminar outras pessoas pelo contato sexual sem proteção.
A primeira fase do diagnóstico geralmente passa pelo exame físico das genitais. Sendo detectadas as anomalias, o especialista costuma pedir exames mais específicos para a confirmação da doença. A Colposcopia, por exemplo, consiste no uso de um aparelho chamado colposcópio, que permite uma análise detalhada da vagina e do colo do útero. Já o Papanicolau, cujo nome remete ao médico grego Georgios Papanicolau, é um exame preventivo, onde é coletado e analisado material do colo uterino, sendo recomendado anualmente para todas as mulheres.
Dentre as técnicas de prevenção, a principal recomendação é usar preservativos nas relações sexuais. Cigarros, álcool e outras drogas também devem ser evitados, pois o uso dessas substâncias enfraquece o sistema imunológico.
Existem mais de 100 variações de HPV, porém 12 deles são considerados de alto risco, sendo os tipos 16 e 18 os mais associados às lesões pré-cancerígenas. Dessa forma, existe a vacina bivalente, que protege contra ambos. A quadrivalente é mais completa; imuniza contra os tipos 6, 11,16 e 18, tendo sido incluída no programa de vacinação do SUS em 2014. O público-alvo é meninas entre 9 e 13 anos, e o esquema vacinal é de duas doses, considerado o mais eficiente para essa faixa etária.
Ser diagnosticado com uma doença sexualmente transmissível pode ter um impacto psicológico muito negativo. Por isso, é necessário seguir corretamente o tratamento, que embora seja trabalhoso em alguns casos, diminui consideravelmente os riscos de câncer no colo do útero.
Produção de conteúdo Qualicorp