Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Em 2019, quase um bilhão de pessoas – incluindo 14% dos adolescentes do mundo – viviam com um transtorno mental. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100 mortes e 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade.
Após anos de pandemia, aumento nas estatísticas de violência e um crescente nível nos níveis de estresse não são provavelmente as melhores notícias a considerar no primeiro mês do ano. Contudo, é de extrema importância utilizarmos destas condições para reconhecermos necessidades e planejarmos estratégias que possam impactar a vida da população no ciclo que se inicia. É provavelmente um assunto que perdura nas maiores preocupações considerando que não é mais possível não ter contato com quadros psicológicos, seja de maneira pessoal ou acompanhando o processo de pessoas com as quais temos contato todos os dias. A saúde mental deveria estar no centro do nosso cuidado tanto quanto qualquer consulta com especialista ou exame diagnóstico, mas dificilmente podemos expressar com satisfação nosso autocuidado quanto aos nossos sentimentos e percepções. Com a vida que levamos, certamente podemos explicar que não há tempo ou existem outras prioridades a ser sanadas.
Mas afinal de contas, quais são os cuidados necessários com nossa saúde mental? Como iniciar uma aproximação se em alguns casos nos causa tanto estranhamento precisar conversar com um psicólogo ou psiquiatra?
A informação é simples e por vezes quase objetiva: terapia e a cura pela fala, tratamentos medicamentosos, encontros em grupo. Todas essas estratégias podem auxiliar, mas o cuidado começa hoje. Organize suas experiências no ano que terminou. Quantas vezes fez algo fora de sua rotina por prazer? Você anda satisfeito com o desempenho de suas atividades e percebe o impacto das suas emoções? O objetivo central da campanha é trazer ao cotidiano a reflexão que precisamos construir e investir o cuidado progressivo com nossa saúde mental.
Comece então experimentando investir em uma rotina que privilegie o cuidado. Se alimentar bem, praticar exercícios, conversar com amigos e familiares, descobrir novas atividades de lazer e compartilhar suas percepções sobre o que neste momento te parece complicado pode diminuir o impacto e o risco de desenvolver quadros com transtornos psicológicos.
Quando falhar em alguns dos seus planos, recomece quantas vezes lhe forem necessárias. Se as coisas não estão bem para você, procure ajuda