A doença do Refluxo Esofágico está relacionada ao retorno contínuo do ácido produzido no estômago, que segue para o esôfago, causando danos à mucosa. A enfermidade provoca um terrível desconforto e atinge cerca de 20% da população brasileira.
A situação ocorre porque o esfíncter inferior do esôfago possui um “defeito” e não se fecha totalmente, liberando a passagem do líquido gástrico. A boa notícia é que o problema possui tratamento.
A educadora física Nathalia Pacheco, 33 anos, sofreu alguns anos com a situação. “Comer era um transtorno muito grande. Eu logo me sentia cheia e a queimação que vinha em seguida era terrível. Muitas vezes eu comia e me arrependia em seguida”, relembra.
Depois de procurar um médico, Nathalia convive melhor com os sintomas, situação semelhante à daqueles que buscam ajuda de um profissional.
“Não existe cura para a doença. Além da prescrição de medicamentos, o paciente precisa tomar uma série de cuidados para não ter os incômodos provocados pela disfunção”, explica o médico gastroenterologista Antônio José Lorenzin.
O problema é que muitos pacientes demoram antes de consultar um médico.
“A maioria dos pacientes busca soluções paliativas, acreditando que o problema é pontual. Eles chegam ao consultório quando a situação está mais séria, evoluindo para uma esofagite, inflamação que atinge o canal que conduz o alimento até o estômago.”
Por isso, é preciso estar atento aos sintomas:
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– Azia
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– Regurgitação de alimentos ou de ácido gástrico
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– Queimação no estômago e garganta
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– Gengiva irritada
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– Tosse persistente
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– Boca amarga
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– Sensação de inchaço após as refeições
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– Dor de estômago
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– Náuseas e vômitos
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– Perda de peso
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– Fezes escuras
O refluxo pode ser causado por uma série de fatores que vão desde o excesso de peso, passando pelo tabagismo, grandes refeições e ingestão de medicamentos. A disfunção ocorre também entre mulheres grávidas. Durante a gestação, o bebê pode pressionar a válvula esofágica.
Cuidar da dieta é fundamental durante o tratamento. “Se alimentar bem, evitando comidas gordurosas, condimentos em excesso, bebidas cítricas, álcool, chocolates, produtos à base de tomate, processados e bebidas gasosas, faz toda a diferença”, afirma o gastroenterologista.
Em todos os casos, o comportamento dos pacientes deve mudar para inibir o refluxo. Perder peso, deitar apenas duas horas depois de comer, evitar refeições pesadas, diminuir ou parar de fumar e elevar a cabeceira da cama em 15 cm são algumas das atitudes que amenizam o desconforto.
No caso das crianças, o refluxo é considerado normal. No primeiro ano de vida, o esfíncter do esôfago ainda está em desenvolvimento, facilitando o retorno do alimento, por isso é importante fazer o bebê arrotar após a mamada.
No caso das crianças, o refluxo é considerado normal. No primeiro ano de vida, o esfíncter do esôfago ainda está em desenvolvimento, facilitando o retorno do alimento, por isso é importante fazer o bebê arrotar após a mamada.
Revisão técnica
- Prof. Dr. Max Grinberg
- Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
- Autor do blog Bioamigo
Fonte: site Coração e Vida, produzido com a curadoria do cardiologista Dr. Roberto Kalil Filho.