Durante o chamado “agosto dourado”, são realizadas campanhas de saúde para incentivar e apoiar o aleitamento materno, que é a base da prevenção de diversas doenças crônicas, desnutrição e infecções comuns aos recém-nascidos. A recomendação mundial é que a amamentação seja exclusiva até os seis meses e complementada com outros alimentos até os dois anos de idade. Mas, algumas situações geram dúvidas nas mães sobre a continuidade ou suspensão do aleitamento. Uma delas é a intolerância à lactose. Saiba o que fazer se esse for o caso do seu bebê.
Intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite de vaca (APLV)? É importante diferenciar
É comum que essas duas condições sejam confundidas pela semelhança de alguns sinais e sintomas, mas não são a mesma coisa e precisam de diferentes tratamentos.
Intolerância à lactose – acontece quando o corpo não produz o suficiente da enzima responsável por digerir a lactose, chamada lactase. Com isso, a lactose é processada pelas bactérias do intestino, causando:
- Gases;
- Cólica;
- Inchaço abdominal;
- Diarreia;
- Náusea;
- Vômito;
- Dermatite na região do ânus;
- Assados.
A intolerância em bebês é incomum pois até os dois anos de idade a produção da lactase é mais intensa, já que é a fase da vida na qual consumimos e precisamos de mais leite. Mas, em bebês prematuros a intolerância pode acontecer porque a produção da lactase aumenta só depois do terceiro trimestre da gestação. Outro tipo é a intolerância à lactose congênita, uma doença genética rara que se manifesta logo após o nascimento e impede o aleitamento exclusivo.
Alergia à proteína do leite da vaca (APLV) – acontece quando a proteína do leite ultrapassa a membrana da mucosa do intestino e atinge a corrente sanguínea, provocando reações alérgicas graves, como:
- Assaduras;
- Refluxo;
- Diarreia;
- Muco e/ou sangue nas fezes;
- Dermatite e/ou urticária;
- Vômito;
- Baixo ganho de peso;
- Sintomas respiratórios, como broncoespasmo e rinite.
O bebê com alergia à proteína do leite de vaca geralmente demonstra irritabilidade, choro intenso, cólicas, dificuldade em dormir e recusa alimentar.
É possível continuar a amamentação exclusiva?
Na maioria dos casos, não só é possível como é o aconselhável. No entanto, algumas mudanças de hábitos podem ser necessárias:
Na maioria dos casos, não só é possível como é o aconselhável. No entanto, algumas mudanças de hábitos podem ser necessárias:o aleitamento materno deve ser mantido e suspenso apenas se o médico prescrever, em casos especiais. Ainda assim, se houver a suspensão, será por pouco tempo. Se a criança já consome outros alimentos, devem ser evitados os derivados de leite.
Em caso de intolerância à lactose congênita –é o único caso que impede o aleitamento materno exclusivo. O bebê deve ser alimentado com uma fórmula especial sem lactose, indicada pelo médico.
Em caso de alergia à proteína do leite de vaca ¿ o aleitamento materno deve ser mantido, mas a mãe não poderá ingerir leite e qualquer alimento derivado, incluindo alimentos com aroma e/ou sabor artificial de queijo, manteiga, caramelo e creme de coco. Caso contrário, a criança pode ter uma reação alérgica.
Não suspenda o aleitamento sem orientação de um médico. A falta de nutrientes nessa etapa da vida pode ser muito prejudicial para o desenvolvimento do bebê.
Fonte: parceiro Qualicorp.