A Monkeypox é uma doença causada por vírus descrita em 1958. Trata-se de uma doença zoonótica e sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus, portanto a transmissão não seria por via respiratória como no caso da gripe e COVID, onde o vírus fica suspenso no ar e pode infectar mesmo sem contato próximo.
Apesar do nome, é importante destacar que os macacos não são reservatórios do vírus da varíola, embora o reservatório ainda seja desconhecido, há indícios de que pequenos roedores como os esquilos, principalmente nas florestas tropicais da África, sejam os maiores candidatos. Por isso, essas regiões costumam ser endêmicas para a doença.
A transmissão da Monkeypox ocorre por contato com fluidos corporais, lesões na pele ou em mucosas, como boca ou garganta, gotículas respiratórias durante contato pessoal prolongado e por meio de objetos contaminados.
Geralmente é uma doença autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, denotada pelo surgimento de lesões na pele. Os sintomas podem incluir febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular, calafrios e exaustão. O período de incubação é de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
A doença cursa com erupções cutâneas que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai e nesse momento a pessoa contaminada deixa de infectar outras pessoas.
Por ser transmissível, a doença exige cuidados para a identificação dos pacientes, o isolamento, a notificação dos casos, a realização de testes laboratoriais e o monitoramento dos contatos. O tratamento é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e evitar sequelas.