O vírus da rubéola pertence à família do Rubivirus e é transmitido pelas gotículas de saliva eliminadas quando o portador do vírus ou da doença fala, tosse, espirra. Muitas vezes, o portador é saudável, mas carrega o vírus na garganta, excreta-o na saliva e transmite-o para outras pessoas. Rubéola é uma doença benigna e só em raríssimos casos ocorrem complicações.
Segundo o infectologista Jorge Amaranto, a maioria das pessoas que adquire o vírus da rubéola não adoece, mas desenvolve uma forma assintomática ou subclínica da infecção e transmite o vírus por algum tempo. Apenas cerca de 20% dos infectados desenvolvem sintomas. Os outros 80% são assintomáticos, apesar de estarem transmitindo o vírus.
Síndrome da Rubéola Congênita
A Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a gestação. A infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para os recém-nascidos, como surdez, malformações cardíacas, lesões oculares, retardo mental e outras.
Isso porque o vírus da rubéola tem a capacidade de provocar alterações nos tecidos em formação. Então, quanto mais no início da gestação a mulher for infectada por ele, maior é o dano para a criança. Já nos últimos meses, o impacto tende a ser menor sobre o feto, explica o especialista.
O infectologista ressalta que existem técnicas para verificar a presença ou não do vírus da rubéola na circulação sanguínea ou no líquido amniótico. Esses exames permitem identificar a infecção e se existe algum dano instalado capaz de inviabilizar ou comprometer a qualidade de vida da criança.
Sintomas da rubéola
Os sintomas surgem entre 12 e 23 dias depois do contágio. O quadro clínico clássico caracteriza-se por erupção de pele muito semelhante à do sarampo. Em geral, elas aparecem primeiro na face e depois vão se disseminando de cima para baixo, tomam o tronco, os braços e, finalmente, as pernas.
Em geral, o primeiro sintoma a aparecer é a febre, que não ultrapassa 38º C. Mais nos adultos do que nas crianças, ela pode persistir por alguns dias antes da manifestação praticamente simultânea da erupção cutânea e dos gânglios inchados. Dores e o inchaço em pequenas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos) são mais frequentes nas mulheres, ainda não se sabe o motivo, diz o infectologista.
O comprometimento articular costuma ser o último sintoma a surgir. Em média, o quadro clínico dura não mais do que cinco a sete dias e a recuperação do paciente é completa.
Diagnóstico e tratamento da rubéola
A experiência clínica ajuda a reconhecer as características da erupção e a presença dos gânglios próprios da rubéola. Para confirmar o diagnóstico, porém, existe um teste sorológico para pesquisar a presença de determinados anticorpos.
Não existe uma droga especifica para o tratamento da rubéola. Sistematicamente, o organismo monta uma resposta de defesa que leva à inativação do vírus e a doença vai embora espontaneamente. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a sintomatologia e terapêutica adequada.
Salvo os raríssimos casos de púrpura trombocitopênica em que se questiona o uso da aspirina, porque ela interfere na coagulação do sangue, não se conhece nenhum medicamento contraindicado para a rubéola.
Vacinação contra rubéola
A primeira dose deve ser aplicada aos doze meses de vida e o reforço entre quatro a seis anos de idade. Todas as mulheres e homens até 49 anos também devem ser vacinados, independentemente de história pregressa da doença.
Todas as mulheres que pretendem engravidar devem fazer o teste sorológico para saber como anda sua imunidade para a rubéola. Se ficar constatado que não são imunes, precisam tomar a vacina, que previne a síndrome da rubéola congênita.
Outras referências:
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/rubeola
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/rubeola
http://www.bio.fiocruz.br/index.php/rubeola-sintomas-transmissao-e-prevencao