A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte branca do globo ocular e o interior das pálpebras. Embora não seja uma doença grave, é incômoda e transmissível.
Geralmente, a conjuntivite começa em um olho e depois passa para o outro, Calor, suor e o tempo seco do verão criam uma condição favorável para o aparecimento e a disseminação da doença.
O oftalmologista Emerson Fernandes de Sousa e Castro explica que há três tipos mais comuns de conjuntivite: viral, bacteriana e alérgica. A viral é a mais agressiva de todas e os sintomas são muito intensos. A sensação é de ter areia nos olhos, que lacrimejam muito e ficam inchados.
Já na conjuntivite bacteriana, a secreção e o inchaço são mais intensos, embora o lacrimejamento seja menor do que na viral e os sintomas duram cerca de uma semana. Na alérgica, o paciente sente coceira intensa e muito inchaço e é preciso afastá-lo do agente causador da alergia.
O especialista explica que a conjuntivite dura, em média, 15 dias e é caracterizado por dor, coceira, vermelhidão e secreção nos olhos. A do tipo viral pode complicar, embora não seja comum. Dependendo da gravidade, pode deixar sequelas na córnea e atrapalhar a visão.
Sintomas e tratamento
Conjuntivite viral:
• Sensação de areia ou corpo estranho nos olhos;
• Vermelhidão;
• Forte lacrimejamento;
• Leva até duas semanas para melhorar;
• Pode deixar sequelas dependendo da gravidade;
• Tratamento com compressas de água fria e, eventualmente, colírios lubrificantes.
Conjuntivite bacteriana:
• Secreção e inchaço mais intensos;
• Vermelhidão;
• Lacrimejamento menos frequente;
• Dura uma semana em média;
• Tratamento com colírios e antibióticos sob prescrição médica.
Conjuntivite alérgica:
• Coceira intensa;
• Muito inchaço;
• Vermelhidão e lacrimejamento menos intensos do que nos outros tipos;
• Tempo de duração variável;
• Para o tratamento é necessário afastar a pessoa do agente causador, como maquiagem, perfume, poeira e pólen, entre outros.
Cuidados
Cuidados especiais com a higiene ajudam a controlar o contágio e a evolução da conjuntivite. Mas, qualquer que seja o caso, é fundamental lavar os olhos e fazer compressas com água gelada, que deve ser filtrada e fervida, ou com soro fisiológico.
• Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes;
• Lavar com frequência o rosto e as mãos, pois são veículos para a transmissão de micro-organismos patogênicos;
• Não coçar os olhos;
• Usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos ou lavar todos os dias as toalhas de tecido;
• Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto durar a crise;
• Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou qualquer outro produto de beleza;
• Não se automedicar.
Outros tipos de conjuntivite
Conjuntivite química ou tóxica – é causada por contato direto com algum agente químico, que pode ser algum colírio medicamentoso ou produtos de limpeza, fumaça de cigarro, poluentes industriais etc. A pessoa com conjuntivite química deve se afastar do agente causador e lavar os olhos com água abundante.
Oftalmia neonatal – é uma conjuntivite do recém-nascido após contaminação durante o parto com secreções genitais da mãe infectada por clamídia e gonorreia que não foram tratadas. Surge no primeiro mês de vida e pode levar à cegueira se não for prevenida ou tratada adequadamente.
Os sinais e sintomas são vermelhidão e inchaço das pálpebras e/ou presença de pus nos olhos. A prevenção deve ser feita em todos os recém-nascidos com um colírio, aplicado na primeira hora após o nascimento ainda na maternidade. Toda oftalmia neonatal deve receber tratamento imediato para as principais bactérias causadoras.
Outras referências:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/231_conjuntivite.html
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/cidadao/temas-de-saude/conjuntivite.pdf
http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/faq/faqcategoria.cfm?idcat=122&idquest=2159