Atualmente, a insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns e que atinge mais de 73 milhões de brasileiros. Alguns fatores podem explicar esse distúrbio. No texto de hoje, citaremos o que provoca a insônia.
A insônia pode se caracterizar pela dificuldade que uma pessoa tem para adormecer e/ou manter-se dormindo ao longo da noite. Outros sintomas comuns são alta sonolência, sono não reparador, dificuldade de concentração e irritabilidade elevada durante o dia.
Condições psicológicas e emocionais
A insônia pode ser causada por quadros de depressão e ansiedade. Ainda, esse distúrbio do sono tem mais chances de atingir pessoas com transtorno bipolar, estresse pós-traumático, esquizofrenia e mania/hipomania. O tratamento e acompanhamento psicológico desses distúrbios mentais ajudam a diminuir e até combater a insônia.
Além disso, uma pessoa pode ter períodos insones devido a condições emocionais mais pontuais. Estresse no trabalho, escola ou faculdade, crises familiares, dificuldades financeiras, problemas de saúde, luto e pandemia são alguns exemplos.
Patologias neurológicas ou físicas
Assim como transtornos psicológicos, outras enfermidades também podem provocar insônia. Neuropatologias como Alzheimer ou Parkinson podem causar o distúrbio do sono.
Doenças graves ou incuráveis de outros tipos também resultam nesse problema. Alguns exemplos de condições de saúde que acarretam insônia são:
- Câncer;
- Problemas respiratórios, em especial, asma e falta de ar (dispneia);
- Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
- Problemas gastrointestinais, principalmente DRGE (doença do refluxo gastroesofágico);
- Doenças do sistema urinário;
- Doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca;
- Neoplasias;
- Problemas hormonais, como a diabetes e os distúrbios da tireoide;
- Enxaqueca;
- Artrite;
- Doenças que provocam dor crônica, no geral.
Há também outros transtornos do sono que vêm acompanhados de insônia. Exemplos disso são a apneia do sono, a mioclonia noturna e a síndrome das pernas inquietas.
Rotina noturna inadequada
Certos hábitos noturnos podem resultar em insônia, sendo, inclusive, algumas das principais causas desse distúrbio do sono. Como, por exemplo, utilizar eletrônicos (celular, tablet, computador, televisão ou videogame) antes de dormir. Esses dispositivos são estimulantes e inibem a produção de melatonina (hormônio da sonolência).
Outros hábitos que dificultam o sono são: prática de exercício intenso e ingestão de cafeína poucas horas antes de dormir. A alimentação inadequada à noite (alimentos pesados e gordurosos), inclusive, é outro fator que provoca insônia.
Horários irregulares de sono, também, desencadeiam períodos insones. O ideal é que você tenha hora fixa para adormecer e acordar todos os dias para evitar isso. O tempo médio do descanso, inclusive, deve respeitar o recomendado para a sua faixa etária, desta forma:
- Recém-nascidos e bebês com menos de 1 ano: de 14 a 17 horas de sono;
- Crianças de 1 a 2 anos: de 11 a 14 horas;
- Crianças de 3 a 5 anos: de 10 a 13 horas;
- Crianças de 6 a 13 anos: de 9 a 11 horas;
- Adolescentes de 14 a 17 anos: de 8 a 10 horas;
- Adultos de 18 a 64 anos: de 7 a 9 horas;
- Idosos de 65 anos ou mais: de 7 a 8 horas.
Outros fatores
Existem outros motivos que podem provocar a insônia. O envelhecimento é um deles, já que pessoas acima de 60 anos fazem parte do grupo de risco desse transtorno. A insônia, também, pode atingir mais mulheres, devido a desvios hormonais comuns em períodos como ciclo menstrual, menopausa e gravidez.
Outros fatores que atrapalham o sono são o consumo de álcool, nicotina e medicamentos (como antidepressivos ou remédios para emagrecer). Ainda, jet lag, trabalho noturno, sesta ao longo do dia e mudanças na rotina podem causar períodos de insônia.
Agora que você já sabe o que provoca insônia, faça mudanças na sua rotina para evitar ou tratar o problema. Buscar tratamento médico também é necessário para impedir que o transtorno evolua e se torne ainda mais grave.
Dependendo das causas do distúrbio, o acompanhamento precisará ser feito em conjunto com profissionais de várias especialidades. Por isso, é importante ter um plano de saúde que garanta um tratamento completo e de qualidade.
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Fontes:
