A medicina tradicional chinesa é praticada desde 5000 anos a.C. e tem como objetivo principal a mudança do estilo de vida e a prevenção de doenças. Nessa abordagem, o paciente tem um papel ativo e nele são trabalhados corpo, mente e espírito. Nas últimas décadas muitos métodos foram desenvolvidos e incorporados às técnicas antigas, com inovação tecnológica, para tratamento principal e complementar de diversas doenças, uma delas, o estresse.
Acupuntura contra o estresse
A acupuntura é uma das técnicas da medicina tradicional chinesa mais conhecidas pelo mundo e foi incluída como especialidade médica em 1999. Ela consiste na inserção de agulhas dez vezes mais finas que as comuns, usadas em injeções, superficialmente em diversos pontos do corpo para equilibrar o sistema energético. As sessões duram, em média, 30 minutos e têm indicação para várias doenças, sinais e sintomas.
Os pontos onde as agulhas são aplicadas variam de acordo com o paciente, por isso é importante conversar sobre informações pessoais e histórico de doenças para identificar o melhor tratamento. No caso do estresse, geralmente os pontos usados são na região da cabeça e provocam uma sensação de calma e relaxamento logo na primeira sessão. Mas, os resultados principais aparecem ao longo do tratamento.
Não há contraindicações para a acupuntura, basta que que as agulhas usadas sejam descartáveis.
Moxaterapia contra o estresse
A técnica usa o mesmo princípio dos dois mil pontos dos canais energéticos do corpo que a acupuntura. Na moxaterapia, é feita a combustão da erva Artemísia em proximidade desses pontos, já que o aquecimento é benéfico para o corpo. É possível também colocar um cone de moxa no cabo da acupuntura para reforçar o efeito do tratamento.
O estresse é uma das indicações mais comuns para a moxaterapia, assim como lesões musculares, dor nas costas, fadiga, dores de cabeça, artrite crônica, ansiedade, distúrbios do sistema digestivo, entre outros.
Entre as contraindicações para essa prática estão:
- Pessoas com febre;
- Pessoas desnutridas;
- Mulheres grávidas;
- Pessoas que comeram muito ou estão alcoolizadas;
- Pessoas com queimaduras;
- Pessoas com traumas recentes ou feridas abertas;
- Pessoas alérgicas a odores fortes.
Fitoterapia contra o estresse
O uso de plantas medicinais e fitoterápicos para melhora da qualidade de vida é um dos pilares da medicina tradicional chinesa. No caso do tratamento do estresse, se as crises são brandas, os chás feitos com plantas medicinais podem ser uma boa aposta, já que os princípios ativos aparecem de forma mais branda. Já os fitoterápicos são remédios feitos a partir de substâncias naturais, mas, assim como os medicamentos sintéticos, precisam de testes e aprovações para serem comercializados.
Alguns exemplos de plantas que atuam contra sintomas de estresse:
Melissa ou erva-cidreira – acalma levemente e pode ser consumida em forma de chá e óleos essenciais.
Camomila – tem efeito calmante e pode ser consumida em forma de infusões.
Erva de são-joão – é eficaz contra os sintomas da depressão e é usada em medicamentos.
Passiflora – ajuda em crises de ansiedade e depressão. Pode ser consumida em chás e é usada em medicamentos.
Valeriana – ajuda a melhorar a insônia. Pode ser consumida em chás e é usada em fitoterápicos.
Tantos os chás quanto os fitoterápicos devem ser consumidos com moderação, pois as plantas têm substâncias químicas que podem interagir com outras e causar reações indesejadas.
Fonte: parceiro Qualicorp.