A clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) que mais afeta as pessoas no mundo todo. A infecção é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e atinge tanto homens quanto mulheres.
A melhor forma de prevenção da doença é usar preservativo em todas as relações sexuais. Além disso, é importante não ter um número grande de parceiros, pois aumenta as chances de contrair tanto a clamídia quanto outras DSTs.
A clamídia, quando atinge uma mulher, pode causar danos graves e permanentes no sistema reprodutivo, o que reduz as chances ou, em alguns casos, impossibilita que a mesma engravide futuramente.
A clamídia pode também provocar a gravidez ectópica, que é quando há um desvio e ela acontece nas trompas, e não no útero. Além disso, durante a gravidez, é possível que a mãe passe a doença para o feto, podendo ocasionar uma infecção ocular ou pneumonia ao recém-nascido.
Para as mulheres grávidas a recomendação é que, logo na sua primeira visita do tratamento pré-natal, seja feito o teste de clamídia. Caso dê positivo, o tratamento deve ser iniciado o mais breve possível. A clamídia é transmitida por meio do sexo vaginal, oral e anal com um indivíduo que tenha a doença.
De acordo com o infectologista membro do comitê científico de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Eduardo Campos de Oliveira, a clamídia não traz problemas apenas para os órgãos genitais. Se não for tratada corretamente, a doença pode afetar a faringe, provocar inflamação na próstata, infertilidade, doença inflamatória pélvica (DIP), epididimite e trazer riscos de contrair outras DST, entre outras complicações.
Muitas vezes, essa infecção não causa nenhum sintoma, mas quando eles existem, os principais são:
Sintomas da clamídia nas mulheres:
- 1 – Relações sexuais dolorosas;
- 2 – Sangramento fora da época de menstruação;
- 3 – Dor, corrimento vaginal ou sangramento após a relação sexual;
- 4 – Dor ao urinar ou no baixo ventre.
Sintomas da clamídia nos homens:
- 1 – Sensação de ardor ao urinar;
- 2 – Sensibilidade ou dor nos testículos;
- 3 – Corrimento ou dor retal.
O diagnóstico é feito por meio de exame de urina, da secreção uretral, material colhido no colo do útero e exame para detectar anticorpos anticlamídia (IgM).
Segundo Oliveira, o tratamento da clamídia é feito por meio do uso de antibióticos recomendado por um infectologista. Tanto a pessoa infectada pela bactéria quanto o seu parceiro devem ser tratados e evitar relações sexuais durante esse período. É importante destacar que, uma vez tratada, a clamídia é uma infecção que pode ser adquirida novamente, por isso, é indispensável o uso do preservativo em todas as relações.
Caderneta de Saúde do Idoso
Além dos cuidados de higiene que as pessoas acima dos 60 anos devem ter, é recomendável que elas sempre tenham em mãos a Caderneta do Idoso quando forem ao médico. Com essa caderneta, serão registradas as informações sobre as condições de saúde do paciente, auxiliando os profissionais de saúde no momento da vacinação ou da consulta. No material constam os dados básicos de identificação do idoso como tipo sanguíneo, detalhes sobre hábitos de vida e medicamentos que ele está tomando, entre outras informações úteis.
Dados do especialista
Eduardo Campos de Oliveira (CRM:14567/SC) é doutor em infectologia e membro do comitê científico de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Referências
Centers for Disease Control and Prevention
Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais
Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp)