Setembro amarelo: mês de luta pela saúde mental

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Setembro Amarelo é a campanha dedicada à prevenção do suicídio, que vitima em torno de 800 mil pessoas anualmente em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa se suicida. No Brasil, oitavo país que mais perde vidas dessa maneira, essa estimativa gira em torno de uma vítima a cada 45 minutos. Saiba mais sobre a atuação do Setembro Amarelo no combate a suicídio.

Incidência do suicídio – jovens são mais afetados

O suicídio faz mais vítimas entre os jovens, sendo que, em pessoas com idade entre 15 e 29 anos, chega a matar até mais do que o vírus HIV. Em contrapartida, idosos com mais de 70 anos também são considerados um grupo de risco. Há também um recorte de gênero, pois por adotarem métodos mais violentos, a taxa de mortalidade por suicídio referente aos homens é até 3 vezes maior do que a taxa das mulheres. O público feminino, porém, possui um número médio maior de tentativas.

A relação do suicídio com transtornos mentais como ansiedade e depressão

96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria. Entre indivíduos com depressão, aproximadamente 15% daqueles que não buscam ajuda profissional optam por encerrar a própria vida. Abuso de substâncias, ansiedade e distúrbios de personalidade também podem influenciar o estado de saúde mental de uma pessoa.

Esses transtornos levam a uma intensa dor emocional, sensação de vazio e angústia, sentimentos que levam a pessoa ao seu limite e, portanto, a cogitar o suicídio como forma de acabar com o sofrimento.

Tratar estes transtornos é, também, uma forma de prevenção do suicídio e preservação da saúde mental. No entanto, grande parte das pessoas em risco não procuram um profissional da área. O propósito da campanha do Setembro Amarelo é disseminar a informação de que os cuidados psicológicos são essenciais para que esses indivíduos saibam que existe ajuda. A OMS afirma que boa parte dos suicídios podem ser evitados.

A importância do Setembro Amarelo para cuidados com a saúde mental

A campanha Setembro Amarelo nasceu justamente para atentar a população em relação a esses fatores. Porém, há alguns pontos que merecem cuidado redobrado ao falarmos a respeito do suicídio, como:

Ter consciência ao conversar com algum suicida em potencial – embora sejam boas as intenções, muitas vezes não temos a habilidade de amparar alguém nessa situação, podendo fazer com que a pessoa se sinta culpada e a situação se agrave. O mais recomendável é se mostrar sensível à situação e disponível para procurar ajuda especializada ao lado da pessoa.

Estar atento às pessoas ao nosso redor – é muito comum também que pessoas que pretendem se suicidar apresentem indícios, muitas vezes manifestando essa intenção ou falando sobre. Por isso, devemos ficar atentos, sem achar que se trata apenas de uma forma de chamar atenção. Outro período de risco é aquele logo após uma tentativa que não deu certo. Muitas vezes pode se pensar que a pessoa que sobreviveu não cogitará nunca mais a ideia de se matar, enquanto na verdade o período após a alta hospitalar é aquele em que a pessoa estará mais fragilizada.

Incentive a busca por ajuda profissional – muitas vezes pessoas com potencial suicida, ou que já tentaram tirar a própria vida, nunca foram diagnosticadas com algum tipo de transtorno psicológico. É essencial que, além do apoio de pessoas próximas, tenham tratamento adequado para enfrentar a situação.

Fonte: parceiros Qualicorp.