Você sabia que existe uma doença psíquica causada pelo esgotamento profissional? A síndrome de Burnout, como é conhecida, foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença ocupacional. O distúrbio ocorre quando o indivíduo apresenta um colapso que pode ser mental ou físico. A característica que o define é o fato de este colapso estar relacionado à atividade laboral. Saiba mais sobre isso e como prevenir esta situação.
Como ocorre a síndrome de burnout?
A síndrome de burnout ocorre quando o indivíduo passa por situações de extremo estresse em seu trabalho. Alguns exemplos são: chefes abusivos ou muito agressivos, assédio, relação tóxica na equipe de trabalho etc. Além disso, pode ser causado por ambientes extremamente competitivos ou com excesso de trabalho. Portanto, o burnout acontece quando o trabalhador possui um estado de tensão diário que compromete sua qualidade de vida.
Este estresse, porém, varia de acordo com as características do trabalho e da pessoa. Algumas pessoas podem ter mais resiliência do que outras para enfrentar determinados tipos de situação. Por isso, o diagnóstico é sempre individual.
Existem fatores de risco?
Existem alguns fatores que podem predispor a uma maior incidência do burnout. Pessoas que enfrentam dupla ou tripla jornada de trabalho são mais suscetíveis a desenvolver a síndrome. Além disso, algumas profissões como professor, médico e policial também apresentam maior número de trabalhadores com o distúrbio.
Também é comum que o burnout atinja pessoas que possuem muita dificuldade de se colocar no trabalho. A pessoa passa a aguentar situações que a desagradam até chegar em um limite prejudicial à sua saúde.
Quais são os sinais de alerta para a doença?
Um dos primeiros sintomas de que a doença pode se instalar é o desânimo com o trabalho. Pessoas com burnout tendem a ter uma relação bastante negativa com a sua atividade profissional. É comum inventar motivos para se ausentar do trabalho ou até mesmo boicotar algumas atividades. Além disso, são sintomas típicos a ansiedade, a insônia, a depressão e a agressividade.
No trabalho, as pessoas com burnout também tendem a se isolar dos demais. É muito comum também apresentarem déficit de atenção e concentração. Os colegas também podem identificar sinais como estresse extremo e uso abusivo de substâncias como cigarro e café.
Não menos importante é observar os sintomas físicos. O burnout pode se revelar por meio de taquicardia, sudorese, dores de cabeça e até problemas gastrointestinais. Caso estejam combinados com algum dos fatores acima é importante investigar a síndrome.
Como é feito o tratamento?
O tratamento depende do histórico e do diagnóstico de cada paciente. No entanto, o mais comum é que seja indicada a psicoterapia além de alguns medicamentos específicos. Estes medicamentos, geralmente, são antidepressivos ou ansiolíticos.
Pode ser que o trabalhador precise se afastar da atividade laboral durante o tratamento. O médico psiquiatra ou o psicólogo podem garantir este afastamento, que é previsto por lei. Uma ideia interessante é que o funcionário tire férias e consiga descansar e relaxar o máximo possível. Assim, o tratamento tende a ser mais rápido. Porém, cada caso é avaliado em conjunto com o médico e o paciente.
Também ajuda no tratamento a prática de atividade física e o cuidado com o sono. Técnicas de relaxamento com as da ioga e da meditação também são coadjuvantes importantes durante o tratamento.
É muito importante buscar o tratamento assim que forem identificados os primeiros sinais. Quando o distúrbio não é tratado, o indivíduo pode ter a sua qualidade de vida bastante prejudicada. O quadro mais grave provocado pelo burnout é a depressão severa. Por isso, procurar ajuda é essencial.